terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Relato

No meio de toda aquela tempestade

Encontrei Cecília

Me sorriu com uns olhos de saudade

Que brilhavam com a esperança da vida


Ah, Cecília! Tu que me levaste ao mar

Que me levaste de volta a infância

Como pude te esquecer?


São as coisas da vida

Ou daquilo que ousamos assim chamar

Essa sequência corrida de acontecimentos

Que não nos permitem nem ao menos lembrar do mar


Mas eu te encontrei

Te olhei nos olhos

Te li, te pensei, te senti

Te tive por uma semana

Em que foste só minha


Me lembraste que vale a pena viver

Que ainda se pode, e deve

Ter esperança no amor

E nas mulheres – e quem sabe

Até nos homens


Vou sentir tua falta

Mesmo que outras tentem tomar teu lugar

Mas quem sabe outro dia nos encontramos

Com teu sorriso e teus olhos de mar

Em uma das voltas que esse compasso da vida insiste em desenhar

E eu possa novamente cantar

Uma canção excêntrica.

Um comentário:

  1. "Aprendi com as Primaveras a me deixar cortar para poder voltar sempre inteira."

    E eu que encontrei a Liginha...
    Lindo post

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