segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Dezembro

Dezembro é mês das cidades. É mês de Cecília. Mês de Iracema

É um mês indefinido. Dias de festa. De muitos afazeres. De reflexão. De fazer nada e fazer tudo ao mesmo tempo. E ainda tem esses dias entre Natal e Ano Novo com um ar indefinido de retrospectiva e novidade.

Dias de pensar, no que se fez e não se fez. Mesmo que pela reflexão forçada do “Então é Natal”.

É mês de chuva com calor, é mês de encontrar e reencontrar amigos e amores.

Mês de ficar injuriado e dessa injúria tirar forças para no próximo ano fazer diferente. Fazer cumprir as metas de ano novo para que durem mesmo quando o ano já for velho.

É mês de sonhar sonhos que sonhos são. E quem sabe até realizá-los, mesmo sabendo que o sonhar é mesmo o mais o mais importante. Mês de descalçar as luvas para ler a mão, mesmo sabendo que nelas não sequer encontrarei linhas.

É mês de estar com a família e sonhar com a família que será. De pensar em nomes e fazer planos. De ouvir o sambinha bonito pra chuchu e sonhar com aqueles olhinhos de dentro do ser. De chamar em silêncio aquele outro nome sussurrado, sibilado. E pensar nesse futuro tão distante e tão presente.

E agora? Nem um barco. Nem um peixe. Cai a tarde. Quem sabe o meu nome? Vem o Sol depois da chuva e com ele o conhecido ar pesado e reconfortante de dezembro. A espera de ver o poente na espinha que quase arromba a retina na chegada de novos dias, com novos ares.

Passou o mês das cidades.

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